O Auditor Fiscal Estadual Aldemir Lima de Sousa é o novo Coordenador de Atendimento da Secretaria da Fazenda (SEFAZ). As funções da coordenadoria assumida por Aldemir abrangem todos os procedimentos para atenção aos contribuintes nas Agências de Atendimento da Secretaria da Fazenda, inclusive o Plantão Fiscal, setor da SEFAZ responsável pelo esclarecimento de questionamentos e dúvidas dos contribuintes. Para conhecer e apresentar as suas metas, propostas e metodologia de trabalho realizamos uma entrevista com este profissional.

Atendimento

A Qualidade no Atendimento é essencial à qualquer organização. Como o Sr visa otimizar esta máxima na SEFAZ PI?

Aldemir – Penso que um bom atendimento passa inexoravelmente por uma melhor qualificação dos Servidores, que por sua vez, requer, para ser atingida, de cursos e treinamentos voltados para esta finalidade. Superada esta fase, haverá necessidade mantê-los sempre motivados, mostrando-lhes  a importância dos trabalhos que realizam junto ao público usuário dos nossos serviços nas Agencias de atendimento. O perfil do servidor designado para este serviço também deve ser observado, pois este deve ter atributos pessoais e intelectuais que se encaixem no contato com o público externo e cientificá-los de que o contribuinte e seus prepostos são o nosso público alvo. 

O servidor fazendário necessita de iniciativas para estar pronto e estimulado a conceder o melhor atendimento. Além da qualificação, o que a Coordenação pode articular para melhorar ainda mais as condições de trabalho dos Fazendários que lidam diretamente com o Atendimento?

Aldemir – Considero satisfatórias as condições de trabalho dos servidores fazendários que estão à frente do atendimento. No entanto, para melhorá-las vejo a necessidade uma maior integração das agências com a nossa Unidade de Tecnologia para solucionarmos com maior rapidez e eficiência os problemas que surgem no dia-a-dia daquelas. Vejo que  estímulo está dentro de cada um, basta a nós da Administração induzi-lo e reconhecer o trabalho quando este atingir um nível bom de excelência. Promoções de servidores são também uma ferramenta de estímulo eficaz. 

Como fiscalizar o Atendimento?

Aldemir – Uma das maneiras é fazendo visitas in loco às agências, pois “Administração de Gabinete”  não funciona nestes casos. Outra forma é  e utilizar o que a tecnologia da informação pode nos oportunizar. Noutras palavras: lançarmos mão das ferramentas que já foram colocadas a nossa disposição pela UNITEC, a exemplo do Sistema de Gerenciamento de Atendimento que já está em pleno funcionamento na AGEAT-SUL e em fase de teste na Agência DIRCEU. 

Que dados quantitativos e qualitativos poderão ajudar a qualificar o atendimento prestado pelo servidor fazendário? 

Aldemir – Temos uma importante solução: o SISTEMA DE GERENCIAMENTO DO ATENDIMENTO –SGA que nos fornece dados estatísticos acerca de todos serviços prestados numa  AGEAT. Como supracitado, o referido SGA está cem por cento instalado e utilizado na agência Sul, sendo que em breve será estendido às demais. O tempo de espera e o despendido no atendimento são dados, a quantidade de serviços prestados em cada agência são informações gerenciais de alto relevo na otimização e agilização dos serviços prestados ao seu público alvo.

O Sr acredita que a sua Coordenação tem que grau de importância para fortificar a imagem da Secretaria da Fazenda?

Aldemir – Desde que valorizada, como atualmente está, é de importância extrema, haja vista ser a imagem da SEFAZ formada, precipuamente, de acordo com a boa ou má avaliação  do usuário final, quanto aos nossos serviços prestados lá na  ponta.

Plantão Fiscal

O assunto tributação é tema diário de debate nos jornais, redes sociais e no cotidiano. Reclama-se muito da carga tributária e pouco se conhece a respeito do nosso Sistema Tributário.Como o Sr. acredita ser possível aproximar o contribuinte da Legislação Tributária e fazer com que a procura pelo Plantão Fiscal cresça? 

Aldemir- É verdade. Existe uma campanha demonizando os tributos no país. Esquecem-se que é através da arrecadação destes que  o Estado poderá conseguir dar vazão às demandas da Sociedade. Penso que à esta  interessa, com maior relevo,  é a destinação que atualmente é dada ao montante tributos arrecadados. O descontentamento é por pagar e não ver o retorno em bens e serviços, como Saúde e Educação. Resolvido isto, não vejo necessidade desta aproximação, nem do crescimento pela procura do plantão fiscal pelos leigos, ficando isto a cargo apenas dos profissionais que prestem serviços às empresas no sentido de serem dirimidas dúvidas eventualmente suscitadas em nossa legislação. 

De que maneira o Sr acredita que sua atual Gestão pode otimizar o atendimento do Plantão Fiscal? Quais suas propostas para este exercício? 

Aldemir – Podemos aperfeiçoá-lo proporcionando cursos e treinamentos aos servidores integrantes com base numa estatística em que fiquem evidenciados os principais assuntos de nossa legislação demandados pelos consulentes. Outra medida é não permitir repostas às consultas, via telefone, para que se evitem ruídos na comunicação e se culpe os plantonistas por entendimentos divorciados do preceito legal. Vejo a necessidade também de ele ser integrado por um Auditor Fiscal experiente. 

Segundo os plantonistas, contabilistas, são atualmente, os Públicos mais assíduos no Plantão Fiscal. Entretanto, em entrevista concedida por parte da equipe à nossa ASCOM, ressaltou-se que o principal objetivo é que o atendimento atinja o público realmente leigo. Entretanto, é necessário estar preparado para perguntas mais complexas. A equipe, anteriormente, era  composta por 4 Bacharéis em Direito. O Sr. Acredita na necessidade de adicionar um Contabilista ao quadro também? 

Aldemir- Penso que um eficiente Plantão Fiscal deve está apto a responder, de pronto, a toda e  qualquer pergunta. Para isso há necessidade de a equipe ser a mais heterogênea possível. Há necessidade de, ao menos, um Auditor Fiscal com bons conhecimentos no processamento da DIEF, Sped Fiscal e Nota fiscal eletrônica bem como com formação na área contábil. Hoje a recomendação é transferir a pergunta para o servidor fazendário que detenha maiores conhecimentos sobre o tema alvo do questionamento; isto tem funcionado relativamente bem, mas ainda não é o ideal. 

Quanto aos empreendedores, o que o Plantão Fiscal pode oferecer a eles? 

Aldemir – O plantão pode informá-los, de forma simples, sobre a sistemática  de cobrança dos impostos estaduais para que estes possam optar pelo regime de tributação que melhor se adaptem a  sua natureza e nível de atividade, visando assim, diminuir a burocracia na apuração. Diminuindo o custo na apuração e pagamento dos tributos em nível de Estado.