Qua, 05 de Junho de 2013 11:15 - Última atualização em Qua, 05 de Junho de 2013 11:30 | ||||||
Meio Ambiente – uma preocupação mundial | ![]() | ![]() | ![]() |
No dia 05 de junho é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. E, desde que as pesquisas começaram a apontar mudanças climáticas de diferentes níveis e intensidades, essas questões ambientais tem se tornado uma preocupação constante de estudiosos e da população como um todo. A criação da data se deu em 1972, em virtude de um encontro promovido pela ONU (Organização das Nações Unidas), a fim de tratar de assuntos ambientais, que englobam o planeta. Desde então, o Dia Mundial do Meio Ambiente é um evento anual que tem como objetivo ser o maior e mais amplo dia global para celebrar atitudes positivas em relação ao planeta. No Brasil, a partir de 1974, foi iniciado um trabalho específico de preservação do meio ambiente, através da criação da Secretaria Especial do Meio Ambiente, com o objetivo de conscientizar e sensibilizar as pessoas da importância de lutar contra a degradação da natureza. Porém, não é o que temos visto hoje em dia. Em razão da modernidade e correria do dia-a-dia, o lixo tem aumentado e levado a natureza ao caos da poluição e da destruição. O uso de materiais plásticos, vidros, latas, papéis e papelões, têm poluído mares, rios, florestas, causando a morte de várias espécies animais. O grande número de veículos circulando pelas cidades, as indústrias e as queimadas causam o aumento da poluição da atmosfera, do ar que respiramos, destruindo a camada de ozônio. E o setor empresarial é estigmatizado como um dos principais responsáveis pela grave situação ambiental do planeta e também por crescentes exigências legais, com relação aos resíduos gerados. Em contrapartida, muitas empresas tem reagido pró ativamente, a partir da implantação de estratégias de gestão como: produção limpa, certificação ambiental, redução de resíduos tóxicos, reciclagem, consumo sustentável e reuso, principalmente. Ações como estas estão presentes no Piauí, Estado que ainda tem grande parte de sua cobertura natural preservada. Tratamento de lixo De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - baseado em dados colhidos em 2000 - apenas 12,6% dos municípios brasileiros contam com sistema adequado de tratamento de lixo. Contudo, Teresina já deu seus primeiros passos para se adequar à nova legislação federal que foi homologada em 2010 e institui a Política Nacional de Resíduos de Sólidos, onde um dos segmentos é o de resíduos de serviços de saúde (RSS). Na capital piauiense, o assunto tem sido pauta da administração pública ao mesmo tempo em que chama a atenção da população para a problemática do lixo. Na Câmara Municipal de Teresina foi aprovado por unanimidade, em primeira votação, o projeto de lei que trata sobre coleta, tratamento e disposição final dos esgotos sanitários em estabelecimentos comerciais, industriais, hospitalares e residenciais visando diminuir de forma progressiva as cargas de esgoto lançadas diretamente nos rios. O descumprimento da lei poderá levar ao pagamento de multa até a suspensão do alvará de funcionamento das empresas. Diante da regulamentação, todas as empresas privadas de saúde (hospitais, farmácias, clínicas, laboratórios de análises e pet shops) tiveram que assumir a responsabilidade da coleta, armazenamento, transporte, transbordo e tratamento ou destinação final dos Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS). A destinação dos resíduos gerados por essas atividades em empresas privadas e públicas era de responsabilidade da prefeitura que há dois anos, seguindo o calendário do Plano de Gestão de Resíduos, realiza de forma correta a disposição final do lixo. Com as novas regras a administração municipal notificou as instituições de saúde privadas a se adequarem à legislação. A atual legislação brasileira prevê a introdução da responsabilidade compartilhada dos resíduos gerados, envolvendo sociedade, empresas, prefeituras e governos estaduais e federal na gestão dos resíduos sólidos. Estabelece, ainda, que as pessoas terão de acondicionar de forma adequada o lixo para o recolhimento do mesmo, fazendo a separação onde houver a coleta seletiva. “É muito importante que, tanto o poder público e o setor privado se conscientizem da necessidade de um tratamento adequado de resíduos da saúde. A sua má coleta, transporte, tratamento e destinação podem trazer problemas aos municípios, não só em relação à saúde pública, mas também, às questões ambientais”, alerta o especialista em tratamento de resíduos da saúde, Felipe Melo. A operação de descarte do lixo  hospitalar custa cerca de seis vezes mais do que a praticada em relação ao lixo comum. Por isso, é necessário o acompanhamento atencioso dos órgãos de Vigilância Sanitária. Na capital, o gerente da Gerência de Vigilância Sanitária (Gevisa), Cesário de Elias, afirma que esta fiscalização é feita dentro das unidades de saúde através de um plano de gerenciamento. “A fiscalização ocorre por meio de inspeções nas empresas do setor onde cobramos a apresentação e cumprimento do Plano de Gerenciamento de Resíduos, que prevê aspectos do tratamento e a destinação final que deverá ser dada aos resíduos de cada empresa”, explicou. Dada a sua potencialidade para a transmissão de patologias, o lixo hospitalar merece um cuidado todo especial no momento do descarte. Ainda de acordo com Cesário, com a adequação à política de resíduos é priorizado um processo seguro e de forma eficiente que visa a proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. Construção Civil A construção sustentável, como é chamada essa nova tendência, faz uso de materiais ecologicamente corretos e eficientes e de soluções tecnológicas inteligentes para promover o bom uso e a economia de recursos, como água e energia elétrica; a redução da emissão de gases de efeito estufa, tanto na produção de matéria-prima quanto na operação normal das edificações; a melhoria da qualidade do ar no ambiente interno e o conforto de seus moradores e usuários. Dados do Conselho Brasileiro de Construções Sustentáveis (CBCS) mostram que, embora a construção de prédios verdes possa ser cara no início, o dinheiro que você gasta inicialmente pode voltar na forma de contas mais baixas de água e de energia. Eles consomem, em média, 30% menos água e energia elétrica, e, em 20 anos seu valor de mercado aumenta cerca de 20% acima da variação média do setor imobiliário de determinada região. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (SINDUSCON Teresina) André Baia, como forma de lutar por um mundo mais sustentável o Sindicato tem incentivado aos seus associados às seguintes práticas: 1) Desenvolvimento de sistemas de tratamento de esgoto para os empreendimentos. Lamentavelmente o Piauí tem um percentual baixíssimo de áreas residenciais e comerciais saneadas. 2) Estímulo a instalação de equipamentos de energia solar. Em face da grande insolação e baixa ventilação, o Piauí possui forte aptidão para esta matriz energética. 3) Coleta seletiva do lixo. Em muitos lugares lixo é sinônimo de emprego e renda. De um simples conceito ainda meio ideológico para a adoção definitiva dos chamados prédios verdes, os empreendimentos sustentáveis na construção civil passaram por transformações enormes e tiveram um enorme sucesso de público e de rentabilidade. E isso certamente será responsável pela adoção, cada vez mais freqüente, desses empreendimentos em todas as grandes cidades ao redor do planeta e por muito mais empresas. Na construção civil, os empreendimentos sustentáveis só recebem essa denominação se atenderem a seis regras básicas: Sustentabilidade do canteiro de obras e da área em torno dele; inclusive com recuperação de todas as áreas que forem afetadas pela construção; Eficiência total no consumo de água, reaproveitamento da água utilizada e aproveitamento da água da chuva; Garantir a redução do consumo e a eficiência energética do prédio, inclusive com uso de fontes renováveis de energia; Reciclagem e tratamento correto dos dejetos e resíduos; Trabalhar para manter o mais baixo possível as emissões de poluentes e usar materiais de origem vegetal ou reciclados no acabamento ou infra-estrutura; Buscar sempre a melhoria e adequação dos procedimentos. Arquitetura sustentável Além da economia na reutilização de materiais antes utilizados para outras finalidades, a possibilidade de criar peças e ambientes inusitados vem caindo no gosto de muitos Arquitetos e Urbanistas, que optam pelo seu uso para tornar mais viável o custo da obra e estimular a preservação do meio ambiente. A utilização de peças sustentáveis é tema recorrente entre os profissionais da área, que conhecem e garantem a qualidade desses artigos já que a população está cada vez mais consciente e exigente sobre a importância da sustentabilidade. Um projeto feito por um arquiteto e urbanista tem que ter como princípio natural a sustentabilidade. Já na análise de uma edificação o profissional tem a preocupações de utilizar da forma mais eficiente a luz natural, os ventos dominantes, a especificação do tipo de telha adequado ao clima do local, disposição funcional dos ambientes internos e demais características da construção que permitem que ela seja funcional, bela, eficiente, economizando energia, trazendo conforto e buscando gerar o menor impacto ao meio natural e urbano. Com tanta ênfase no tema, os profissionais da área envolvem-se na certificação da origem sustentável dos materiais que farão parte desde a fundação até a finalização da obra, bem como a destinação de resíduos, impactos sociais, econômicos e ecológicos que incidirão sobre a cidade, Estado, país e mundo. |
Escrito por Márcia/ Ícone Comunicação |